Cirurgia do Aparelho Digestivo

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Gastrite:

A gastrite é um processo inflamatório envolvendo o estômago. Ela pode ser aguda (recente) ou crônica (antiga), causada pela agressão do ácido na mucosa (parte interna da parede) gástrica, quer por aumento da produção de ácido, como por diminuição dos fatoes de proteção pode ocorrer por erros alimentares, como o consumo excessivo de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade (refrigerantes, condimentos, etc); cigarros, bebidas alcoólicas, café, chá preto; medicamentos como ácido acetilsalicíco e anti-inflamatórios bem como por extresse.

A infecção pelo H.pylori pode levar à inflamação e atrofia da mucosa gástrica. Além do mais, pode causar úlcera gástrica ou de duodeno/ Porém, existe uma discussão entre os profissionais de saúde em relação ao tratamento da bactéria. Enquanto alguns médicos tratam sempre, outros somente em determinadas situações (seguindo protocolos específicos).

A confirmação do diagnóstico é feita pela endoscopia digestiva alta. Durante o exame poderá ser feito um teste para saber se há ou não a presença do H. pylori no estômago.

O tratamento visa a diminuição da produção do ácido e a melhora dos fatores de proteção da mucosa. Atualmente existem medicamentos que conseguem isso de maneira bastante eficiente e que podem ser associados a digestivos ou antiácidos de acordo com a necessidade. Em paralelo ao tratamento medicamentoso, os vícios e erros alimentares devem ser corrigidos. Fracionamento da dieta (comer menor quantidade e mais vezes durante o dia) é importante, sendo o ideal não ficar mais do que 3 ou 4 horas sem alimentar-se. Mastigar bem e comer devagar devem ser regrar. Bebidas alcoólicas, cigarro, café ou chá preto e condimentos fortes devem ser evitados ou abolidos. Medicamentosque causam gastrite devem ser suspensos quando possível, ou trocados.

Úlcera Pélpica:

O que são, e como tratar as úlceras.

A úlcera pélpica, que pode ser úlcera gástrica (no estômago) ou úlcera duodenal (no duodeno, que é o início do intestino). São úlceras benignas.

Tem como causa a agressão da mucosa gástrica pelo ácido, quer seja por aumento de sua produção como por diminuição dos fatores de proteção da mucosa. Esse desequilíbrio entre oácido e proteção pode ocorrer por erros alimentares, como o consumo excessivo de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade (refrigerantes, condimentos, etc); ciarros, bebidas alcoólicas, café, chá preto; medicamentos como ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios bem como por estresse.

A presença da bactéria H. pylori pode ser causa do aparecimento de gastrite ou úlceras. Alguns pacientes pode desenvolver câncer gástrico pela presença da bácteria no estômago.

O sintoma mais comum é a queimação ou dor na "boca do estômago". Essa dor aparece após a alimentação no caso da úlcera gástrica e melhora após alimentação se for úlcera duedonal. Alguns pacientes relatam náuseas e/ou vômitos.

As possíveis complicações das úlceras são o sangramento, perfuração e estenose.

A confirmação do diagnóstico é feita pela endoscopia digestiva alta. Durante o exame poderá ser feito um teste para saber se há ou não a presença do H. pylori no estômago e uma biopsia para afastar-se a possibilidade de ser uma úlcera por câncer. Nos casos de hemorragia, a endoscopia pode identificar o local do sangramento e controlá-lo. Radiografia simples identifica a perfuração e radiografias com contraste mostra a estenose.

O tratamento visa a diminuição da produção do ácido e a melhora dos fatores de proteção da mucosa. Atualmente existem medicamentos que conseguem isso de maneira bastante eficiente e que são associados a digestivos ou antiácidos de acordo com a necessidade. O tratamento dura entre 4 e 8 semanas. Em paralelo, os vícios e erros alimentares devem ser corrigidos.

O tratamento cirúrgico (gastrectomia) é indicado quando há complicações como sangramento que não para com endoscopia, perfurações e estenoses. Úlceras que reaparecem com frequência ou que não cicatrizam mesmo após tratamentos adequados, podem também ter indicação de tratamento com cirurgia.

Doenças Inflamatória Intestinal:

Causas, tratamentos e prevenções.

A Retocolite Ulcerativa (RCUI) é uma doença inflamatória do intestino. De causa desconhecida, mas pode haver influência de fatores genéticos, emocionais ou autoimunes (quando o organismo cria anticorpos contra alguns órgãos ou tecidos dele mesmo) na sua formação. Acomete o reto e o intestino grosso de maneira superficial (somente a mucosa, isto é, a camada mais interna da parede do intestino).

Manifesta-se por dores abdominais em cólica e diarréia que pode conter muco e sangue. As diarréias são persistentes e podem ocorrer a qualquer hora do dia e da noite. Pode evoluir com quadros de sangramento intensos e de difícil controle nas formas graves.

O diagnóstico de certeza, após suspeita clínica, é feito pela colonoscopia com biópsia da área compremetida. O tratamento é feito com medicamentos que costumam controlar bem as crises. Em casos de não resposta ao tratamento clínico de doenças graves ou sangramentos profusos pode-se indicar o tratamento cirúrgico.

A Doença de Crohn também é uma doença inflamatória que pode acometer todo o aparelho digestório, mais comum no íleo terminal (porção final do intestino delgado) e cólon. Atinge todas as camadas da parede do órgão (mucosa, submucosa e serosa) e é muito invasiva. Sua causa ainda é desconhecida, mas parece ter forte relação com alterações do sistema imunológico, fatores genéticos, ambientias, dietéticos, emocionais ou infecciosos.

Aparece como dor abdominal em cólicas, diarréia com ou sem muco e sangue, febre, enfraquecimento e perda de peso pelo déficit na absorção dos nutrientes da alimentação. Pode ser acompanhada de dores articulares, aftas, lesões de pele, pedra na vesícula ou nos rins.

Os sintomas por serem inespecíficos não são suficientes para diagnóstico de certeza. A confirmação de Doença de Crohn é feita por exames de imagem como endoscopia, colonoscopia, enteroscopia, tomografia computadorizada ou ressonância magnética.

Não existe cura para essa patologia, mas consegue-se controlá-la e obter períodos de remissão onde o paciente vive bem e sem sintomatologia. Além dos medicamentos sintomáticos, são usados sulfas, corticóides, imunossupressores e imunomoduladores de acordo com a evolução da doença, gravidade e existência de complicações. Corrigir as deficiências diatéticas é de suma importância. As cirurgias são indicadas para tratamento das complicações.

Diverticulite:

Causas, tratamentos e prevenções

Diverticulite é uma inflamação que acontece no intestino grosso, mais comumente na sua porção conhecida como cólon sigmóide, que se situa pouco antes do reto. Os divertículos são o resultado da fraqueza de alguns locais da parede do intestino grosso, principalmente na musculatura desta parede.

Sabe-se que um terço das pessoas com mais de 60 anos apresentam divertículos intestinais. Em contrapartida, é menos freqüente em pessoas com idade inferior a 40 anos.

Causas
A origem dos divertículos está relacionada ao aumento da pressão no interior do intestino, por conta de uma dieta com poucas fibras, combinada ao enfraquecimento de regiões da parede intestinal.

A diverticulite é a inflamação no divertículo. Na maioria das vezes, as crises de diverticulite se resolvem sozinhas ou com auxílio de remédios para combater a inflamação e a dor além de alterações na alimentação.

Sintomas
O sintoma mais comum é dor abdominal leve na forma de cólica no lado esquerdo do abdome e/ou alteração do hábito intestinal. Os sintomas de dor geralmente são aliviados pela evacuação. Os sintomas da diverticulite aguda são prontamente identificáveis na forma de dor abdominal localizada e de moderada ou forte intensidade no lado esquerdo do abdome podendo ou não estar associada a febre e alteração do hábito intestinal.

A hemorragia digestiva é outra complicação da doença diverticular. Manifesta-se pela eliminação de sangue vivo em grande quantidade pelo ánus.

Tratamento
Dietas ricas em fibra e/ou medicamentos que controlem as alterações do hábito intestinal, diminuindo o esforço para evacuar, podem aliviar sintomas, prevenir novos divertículos e, principalmente, diminuir complicações como a diverticulite.

O tratamento da diverticulite depende da gravidade do caso, variando desde repouso, dieta sem resíduos e analgésicos, até uso de antibióticos, internação hospitalar e cirurgia. A cirurgia de urgência pode ser necessária quando há piora do estado geral, obstrução intestinal, perfuração da parede do intestino e infecção generalisada. Cirurgias eletivas podem ser indicadas em pacientes com crises frequêntes de diverticulite, naqueles com sangramento importante ou repetido, na presença da fístulas ou se há suspeita de outra doença associada (câncer, por exemplo). A cirurgia consiste basicamente na retirada da parte do intestino onde se encontram os divertículos, geralmente todo o cólon sigmóide. Algumas vezes não é possível realizar a junção das partes que restaram do intestino, sendo necessária uma colostomia com uma bolsa externa para coletar as fezes, em geral, temporária.

Hemorróidas:

Causas, tratamentos e prevenções.

Doença hemorroidária é a dilatação das veias hemorroidárias localizadas na região anal, acompanhadas ou não de inflamação, hemorragia ou trombose das mesmas.

As hemorroidas são classificadas em:

  • - Hemorroidas internas
  • - Hemorroidas externas
  • - Hemorroidas grau I: não prolapsam através do ânus;
  • - Hemorroidas grau II: prolapsam através do ânus durante a evacuação mas o retornam à sua posição original espontaneamente;
  • - Hemorroidas grau III: prolapsam através do ânus e a sua redução só é conseguida manualmente;
  • - Hemorroidas grau IV: estão prolapsadas através do ânus e a sua redução não é possível.

Causas

  1. Constipação intestinal (prisão de ventre).
  2. Esforço para evacuar.
  3. Obesidade.
  4. Diarreia crônica.
  5. Prender as fezes com frequência, evitando defecar sempre que há vontade.
  6. Dieta pobre em fibras.
  7. Pouca ingesta de líquidos.
  8. Gravidez.
  9. Sexo anal.
  10. Histórico familiar de hemorroidas.
  11. Tabagismo.
  12. Cirrose e hipertensão portal
  13. Esportes de impacto na região (ciclismo, hipismo, motocross, remo).
  14. Ficar longos períodos sentado no vaso sanitário.

Sintomas
O diagnóstico é clínico. Algumas vezes poderá ser solicitada colonoscopia se houver dúvidas quanto à verdadeira origem dos sangramentos anais.

O sintoma mais comuns das hemorroidas internas é o sangramento (vermelho vivo). A dor é um sintoma menos comum na hemorroida interna, e em geral está associado a trombose e a gangrena.

As hemorroidas externas apresentam como principais sintomas a dor e o abaulamento, principalmente, quando associados à trombose. Este abaulamento se caracteriza por uma nodulação azulada ou vinhosa, e dolorosa ao toque. Dependendo do tamanho desta trombose externa, ela poderá ser tratada clinicamente ou com ressecção local.

Tratamento
O tratamento clínico consiste de cuidados locais a orientação com a dieta, e tem sucesso na maior parte dos pacientes sintomáticos e com queixas de sangramento, irritação e ardência, além do prurido. Localmente, o paciente deverá realizar higiene anal somente com água, sem a utilização de papel higiênico, banhos de assento com água morna e utilizar pomadas analgésicas/anestésicas. Quando o prurido anal e irritação são intensos, podem ser utilizados cremes e pomadas a base de corticóides. Nos casos com dor anal forte, como ocorre na trambose hemorroidária, os analgésicos por via oral também podem ser utilizados. A dieta deverá ser rica em fibras e com boa hidratação, para que as fezes se tornem mais pastosas, e desta forma, traumatizem menos a região anal.

O tratamento cirúrgico consiste na ressecção do mamilos hemorroidários, e está indicado nas hemorróidas internas grau III e IV e nos casos que evoluem com trombose herroidária.

A cirurgia pode ser realizada de duas maneiras, a técnica convencional ou a técnica com grampeador mecânico (PPH).

Fissura Anal:

Causa, tratamento e precaução.

Fissura Anal
É uma ferida que aparece na mucosa do ânus. É causada pela passagem de fezes ressecadas e endurecidas ou em casos de diarreias crônicas ou severas, traumas da região anal, dietas pobres em fibras e doenças inflamatórias intestionais.

Manifesta-se por dor na região anal. Em geral pacientes com fissura anal evitam o ato evacuatório para não sentir dor, o que na verdade torna as fezes mais ressecadas e só piora o quadro.

O diagnóstico é clínico
A forma aguda é tratada com melhoras na alimentação e hábitos de higienização bem como tratamento local com medicamentos adequados. Na forma crônica, a cirurgia tem indicação e consiste da retirada da fissura e do tecido fibrótico ao seu redor (fissurectomia).

Fistula Anal:

Causa, tratamento e precaução.

Abscesso e Fístula Anal
O abscesso perianal é uma coleção de pus que se formam na região da borda anal ou em sua proximidade. Pacientes com diabetes, queda de imunidade ou portadores de doenças inflamatórias intestinais são mais suscetíveis a terem abscessos.

Aparece como uma dor intensa na borda anal ou próxima a ela. Algumas vezes nota-se uma nodulação na região, que fica inchada e vermelha. Outras vezes o abscesso está mais interno e não pode ser percebido pelo paciente. Pode ser acompanhado de mal estar geral e febre.

Para o tratamento definitivo é necessária a drenagem ampla do abscesso, com remoção de todo o seu conteúdo e do tecido doente. Apresenta risco de evoluir para fístula perianal.

Quando se forma uma fístula perianal, há necessidade de cirurgia que consiste na abertura de todo o trajeto fistuloso com remoção dos tecidos comprometidos.

Pólipo de Vesícula Billar:

Causa, tratamento e prevenção.

O pólipo da vesícula biliar é uma lesão da parede que se projeta para o interior do órgão. Podem ser benignos ou malignos. Os benignos são na sua maioria formados por colesterol ou decorrentes de processos inflamatórios. O maligno é o carcinoma da vesícula biliar.

Eles têm sintomatologia pobre ou inexistente.

O diagnóstico é feito pela ultrassonografia (ecografia) de abdome e a conduta depende do resultado à presença de cálculos na vesícula devem ser acompanhados com ultrassom a cada 6 meses por 2 anos, e depois desse período o exame deve ser realizado anualmente. Se em algum desses exames houver aumento aumento do tamanho ou do número de pólipos, estará indicado o tratamento cirúrgico. Em caso de associação com pedra na vesícula, mesmo os pólipos menores de 1 cm também tem indicação de cirurgia.

Pólipos maiores que 1 cm, associados ou não a presença de cálculos, tem indicação de cirurgia pelo risco de câncer.

O tratamento cirúrgico consiste na colecistectommia (retirada da vesícula biliar), que pode ser por via convencional ou videolaparoscopia.

Hérnia:

Causa, tratamento e prevenção.

Hérnia e a protusão (saída) de parte do conteúdo intra-abdominal (tecido adiposo, alças de intestino grosso ou intestino delgado) através de um orifício (fraqueza) na parede abdominal.

As hérnias abdominais podem ser:

  • - Hérnias Inguinais - "hérnias da virilha";
  • - Hérnias Femurais - "hérnias do canal femural (abaixo da virilha)";
  • - Hérnias Umbilicais - "hérnias no umbigo";
  • - Hérnias Lombares - "hérnias da região lombar";
  • - Hérnias epigástricas - "hérnias acima do umbigo";

Os principais fatores de risco envolvendo a doença são:
Idade: mais frequente no recém-nascido por um defeito congênito (de nascença) e nos idosos por enfraquecimento dos tecidos (músculo) da parede abdominal.

Homem: mais frequente no sexo masculino do que no feminino.

Doenças associadas: A hérnia inguinal é mais frequente em trabalhadores braçais e em pessoas que têm algumas doenças, constipação intestinal crônica, obesidade, tabagismo, doenças da próstara, do pulmão, coração ou fígado.

Estas doenças geralmente aumentam a pressão intra-abdominal facilitando a ocorrência das hérnias.

As hérnias abdominais se manifestam por abaulamento na região abdominal ou inguinal que se torna mais evidente quando a pessoa tosse, ergue peso ou faz força, geralmente acompanhado por dor local. Elas voltam para o lugar (reduzem) muitas vezes ao deitar ou se empurrar com a mão.

As hérnias podem complicar com encarceramento (conteúdo da hérnia fica preso e não retorna mais para a cavidade abdominal) e estrangulamento (comprometimento do suprimento sanguíneo do conteúdo da hérnia podendo evoluir com necrose) e necessitam de tratamento cirúrgico de urgência.

Diagnósticos
O diagnóstico na maioria das vezes é clinico. Algumas vezes pode ser usado a ultrassonografia (ecografia) como método complementar.

Tratamento
O tratamento de hérnias da parede abdominal é sempre cirúrgico e não deve ser retardado devido o risco de complicações ou seja, uma vez diagnosticado qualquer tipo de hérnia da parede abdominal deve ser operada o quanto antes.

O tratamento pode ser realizado por via aberta (convencional) ou por videolaparoscopia.

Vantagens da Videolaparoscopia

  1. Pouca dor pós-operatória;
  2. Incisões mínimas;
  3. Risco de infecção desprezível;
  4. Retorno precoce as atividades;

Hérnia de Hiato:

A Hérnia de Hiato (HH) é a passagem anormal do estômago para o tórax.

Para chegar até o estômago, o esôfago passa pelo hiato (orifício do músculo diafragma que separa o tórax do abdômen). Se este orifício está mais largo e frouxo do que deveria estar, a parte superior do estômago acaba deslizando para dentro do tórax, formando a hérnia de hiato.

É causada por fraqueza nos tecidos que mantém o estômago em sua posição normal, devido à idade avançada, obesidade, gravidez, deitar de estômago cheio, alimentos irritantes da mucosa (café, cigarros, condimentos, etc). Essa migração do estômago para cima faz com que os mecanismos de controle do refluxo deixem de funcionar, permitindo o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago. Entre esses mecanismos, destaca-se o Esfíncter Inferior do Esôfago (EIE), um músculo localizado na transição do esôfago para o estômago, que permanece naturalmente fechado e que se abre para permitir a passagem do bolo alimentar do esôfago para o estômago, fechando-se novamente a seguir para não haver seu retorno.

Na maioria dos casos a HH não causa sintomas. Os sintomas referidos estão mais relacionados à doença do refluxo gastro esofágico. As hérnias grandes podem levar à dor torácica, taquicardia (aceleração dos batimentos do coração) ou falta de ar, relacionados à alimentação. Muitas vezes esses sintomas são confundidos pelo paciente com infarto do miocárdio.

Esôfago de Barret:

Causa, tratamento e prevenção.

Esôfago de Barret
O Esôfago de Barret é uma condição que atinge a porção final deste órgão, caracterizada pela substituição das células de sua mucosa (camada interna). É uma complicação da Doença do Refluxo Gastro Esofágica (DRGE).

Pacientes com DRGE não tratados ou quando o tratamento clínico não é eficiente, tem as células da camada mucosa do esôfago, que não são preparadas para o contato com o conteúdo ácido do estômago que reflui, trocadas por outras mais resistentes ao ácido. Normalmente a substituição é por células semelhantes às da mucosa do intestino (metaplasia intestinal). Cerca de 10% desses pacientes podem desenvolver câncer de esôfago.

Não exite sintomatologia própria, e os pacientes apresentam sintomas parecidos com a DRGE.

O diagnóstico é feito pela endoscopia, onde nota-se a mudança do aspecto da mucosa. A biopsia de material colhido na endoscopia confirma ser Esôfago de Barret.

O tratamento inicialmente é clinico, com as mesmas medidas gerais e medicamentos da DRGE. Em alguns casos indica-se o tratamento cirúrgico, que tem os mesmos princípios do tratamento cirúrgico da DRGE.

Megaesôfago:

Causa, tratamento e prevenção.

Megaesôfago
O Megaesôfago é uma dilatação crônica do esôfago, que leva a alterações na sua função de transporte do alimento até o estômago. Nessa doença existe destruição de nervos do órgão levando a uma falha na abertura do músculo cárdia (músculo da região da transição do esôfago para estômago) que fica permanentemente contraído, impedindo a passagem do alimento de um órgão para o outro. Com o represamento da comida no esôfago, esse passa a dilatar-se. Os pacientes apresentam emagrecimento importante, uma vez que não conseguem alimentar-se adequadamente.

No Brasil, a causa mais comum, mas não a único, é a Doença de Chagas, causada pelo Trypanossoma cruzi, um parasita transmitido pelo inseto Barbeiro.

No início os pacientes referem desconforto torácico durante as refeições. Depois passam a ter dificuldade de engolir (disfagia) alimentos sólidos e com a progressão da doença passam a ter disfagia aos líquidos. Esse processo de piora pode levar vários anos.

O diagnóstico é feito pela história clinica da disfagia e do emagrecimento. Exames de sangue podem mostrar anemia e a presença da Doença de Chagas se ela existir. Exames de imagem como raios-X contrastado de esôfago e estômago, endoscopia e manometria esofágica irão confirmar o diagnóstico do megaesôfago.

O tratamento visa devolver ao paciente sua capacidade de engolir. Nas fases iniciais, dilatação do músculo cárdia por endoscopia é suficiente e pode ser repetida de acordo com a necessidade. Nos casos mais avançados o tratamento é cirúrgico, que vai desde a secção do músculo cárdia, para que ele fique aberto e permita a passagem dos alimentos, até a remoção parcial ou total do esôfago e sua substituição por segmentos de intestino ou do estômago. Esses procedimentos cirúrgicos podem ser feitos por cirurgia aberta ou or videolaparoscopia.